quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Ajehecha

Escuto no fundo do
ouvido doído do
grito do mito do três,
o grito profano, profético,
poético
do tudo e do nada.

Se ando em o's
ou em oitos, não importa!,
mas do coito com o nada
encontro tudo
e tudo tanto quanto
é falado
é tanto que tão grande
três suporta o tudo
como o nada.

O conjunto é o que importa!
E se uma linha torta (curva)
se curva, entorta o nada a tudo
e terra e ceu,
três e um se encontram
e cantam a uníssono
e nada mais importa.


ps: Acredito que esse poema foi escrito em 2009, mas não sei ao certo, porque na época ainda não tinha a prática de anotar a data. Ele carrega uma diferença estética dos escritos hoje em dia, principalmente por começar versos com letra minúscula (o que era comum antigamente nos meus poemas) e também pela letra, mas esse fator só se percebe olhando meu caderno. Naquela época minha letra tinha um traço um pouco diferente. Um outro fator especial é que ele tem umas quebras de ritmo entre os versos, o que não é comum nos meus poemas, creio. E é um dos poucos que eu lembro de cabeça.

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