sábado, 30 de maio de 2015

Todouniverso

30/05/2015

Já fui um filósofo em essência,
um pensador em natureza.
Já fui um amante do amor,
um ensaísta das paixões.
Já fui um solitário poeta revolucionário.
Ao menos em síntese,
já fui tanto quanto poderia ser.
(e ainda serei um tanto mais)

Hoje, temo pelo meu futuro.
O contrato social me sufoca.
O dia a dia esgota minhas forças revolucionárias.
O ódio constante esmaga meu amor poético.
E o que eu acho do amor, afinal?
Nem eu sei mais.
Já lancei meus radicalismos para todos os lados:
desde não acreditar nessa fantasia
a só acreditar numa fantasia universal.
Quase uma deidade sentimental.
Um hexagrama unicursal.
"Ame revolucionariamente!"
Só se for todomundo, todacoisa.
"Todomundodentrodevocê!"
Só se for assim.
Se for todouniverso dentro de mim.
(e algo mais)

Um comentário:

  1. te acompanho no futuro, afrouxando o contrato com nossas conversas e sorrisos.. tudo muito bobo, pra deixar o amor poético bem livre para ser..
    no algo mais é que a revolução se faz! (sem epistemologia, por favor!)

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