domingo, 1 de março de 2015

Palavras Contadas

01/03/2015

Não se distancie,
não se ria,
não se embriague em mim.
Beba do meu mel
que contagia,
que cura a garganta ruim.

Ora, o que eu digo?
Que ousadia!,
querer mandar em você assim...
Não mando em ninguém, não.
(que fantasia!)
Mal mando em mim. Enfim...!

Mas você, que não vejo há tanto tempo,
que não sai do meu pensamento,
por que me trata assim?
Transpiro em meu suor uma história,
gravada em minha memória,
que não pediu um fim.

Mas antes de mais nada,
com a vista cansada,
vou te falar (preste atenção!):
isso foi tudo uma brincadeira,
uma alegoria,
um jogo de luz e ilusão.

Falei com uma certa inocência
(malemolência)
que me deu satisfação.
E se você aí lendo está confusa,
achando que é minha musa,
não viaje, que isso aqui né pra você, não.

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