domingo, 13 de setembro de 2015

Serata Balística

11/09/2015

Sentado sob um céu nublado
vendo as ruínas de um clichê.
O vidro escuro é um espelho
de miragens de um andarilho iludido.
As brisas de um maremoto;
o mundo de um coração partido.

A boa e velha melancolia:
o que seria de nós sem ela?
De mim eu não sei o que seria.
Um calor escaldante por dentro
e um frio cortante por fora:
nada vai ser como foi
a partir de agora!
O vento de um céu sem Lua
é o beijo de um vampiro.
Sangue caído por um brilho de outrora,
por um tempo que nunca foi;
por passos descalços
e pegadas no escuro.
Não acredito no passado.
Tampouco no futuro.

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