segunda-feira, 23 de maio de 2016

Tata

23/05/2016

Das lamas em minhas raízes entranhadas,
um suspiro.
Um chacoalhar de galhos e folhas
caindo.
Um som.
Sou fruto do mundo que me entorna.
Nunca fui nada.
Mas serei tudo,
até voltar a ser nada.

Se não valho nada,
nada nunca valerei.
Mas valho tudo mesmo!
Valho o mundo!
Da natureza, peço encarecidamente
que me confie seus segredos.
Sou um tesouro a ser descoberto.
Basta ouvir a natureza.
Sou vento e chuva.
E na minha entrega deixarei a terra molhada.
Sou chuva para o Sol,
e as cores vivas são minhas crias.
Ajehecha!

Que minha maestria venha das árvores!
... do fogo e do mar!

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