sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Caminhos

15/01/2016

Não pude parar de pensar.
Caminhei, me sentei,
contemplei o mar,
mas por dentro a cabeça a girar
não soube descansar.

Cada batida da onda
era uma onda,
uma viagem a tempos longínquos,
a mundos paralelos distantes.
Diz tanto o nosso sonhar...
A vida é feita de sonhos.
E de luta em fazê-los realidade.
E do gosto agridoce de acordar.

Esqueci de lembrar dos outros caminhos.
Vim com pista certa,
em linha reta,
pedra ante pedra.
Uma seta sem meta,
pois não há nada que me completa.

Me contempla o Sol que arde.
Que não tarde meu entendimento,
pois a vida é selvagem.
Não marca horário.
Ladra, morde, bate,
se debate.
Se solta.
Andei em linha reta
só para dar uma volta
e me esquecer de onde eu vim.
Minha vida é um grande esquecimento;
e a morte um esquecimento de mim.

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