14/09/2017
Las gracias de la vida:
no las podemos ver más.
En nuestro cuerpo gran herida
nutrida por la maldad
de lo que llamamos humanidad.
Las árboles y el mar,
más que hombres y mujeres,
tienen mucho que hablar.
Solo es necesario escuchar.
Escuchar de verdad.
Aunque la vida sea bela,
la muerte nos rodea.
El sufrimiento de hoy,
el dolor de ayer,
los compartimos con la naturaleza.
Pero no basta oír.
No basta mirar parado.
¡Que vuelvan al suelo!,
porque nadie hará nuestro trabajo
y no hay ayuda en el cielo.
Si no nos gusta lo que vemos,
¡cambiemos!
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Satélite
20/07/2017
Depois de um tempo dormindo
é bom enfim acordar.
Olhar nos olhos do mundo,
sentir mais do meu desgosto com tudo,
me rebelar.
Difícil mesmo é não se revoltar.
Suportar o dia a dia...
Essa alucinação ainda estou para alcançar.
Tento diariamente respeitar a rua,
mas de dia o mar, de noite a Lua,
sempre vêm me chamar.
Queria que seus poderes fictícios
pudessem nos salvar.
Mas pairo como Bandeira a olhar as coisas em si:
satélite,
água,
fogo,
violência,
desigualdade.
Enforcado de mais valia,
o que me cansa é a fantasia
de que vai tudo muito bem.
Vai tudo mesmo muito mal.
Tudo.
E com um grito jamais contido,
volto para a rua.
Sob satélite ou estrela.
que meus poderes de homem comum
não iludam ser vivo nenhum:
só seguindo junto,
lutando,
incendiando,
revolucionando,
que alguma coisa vai mudar.
Quero ver o mundo diferente.
Talvez com mais cara de gente
-- gente que saiba amar.
Seja na lua nova ou lua cheia,
sentir a liberdade percorrer minha veia,
e, mesmo sem prática,
voltar a sonhar.
Depois de um tempo dormindo
é bom enfim acordar.
Olhar nos olhos do mundo,
sentir mais do meu desgosto com tudo,
me rebelar.
Difícil mesmo é não se revoltar.
Suportar o dia a dia...
Essa alucinação ainda estou para alcançar.
Tento diariamente respeitar a rua,
mas de dia o mar, de noite a Lua,
sempre vêm me chamar.
Queria que seus poderes fictícios
pudessem nos salvar.
Mas pairo como Bandeira a olhar as coisas em si:
satélite,
água,
fogo,
violência,
desigualdade.
Enforcado de mais valia,
o que me cansa é a fantasia
de que vai tudo muito bem.
Vai tudo mesmo muito mal.
Tudo.
E com um grito jamais contido,
volto para a rua.
Sob satélite ou estrela.
que meus poderes de homem comum
não iludam ser vivo nenhum:
só seguindo junto,
lutando,
incendiando,
revolucionando,
que alguma coisa vai mudar.
Quero ver o mundo diferente.
Talvez com mais cara de gente
-- gente que saiba amar.
Seja na lua nova ou lua cheia,
sentir a liberdade percorrer minha veia,
e, mesmo sem prática,
voltar a sonhar.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Salitre
02/02/2017
Das dores que se sente no fundo do peito
a pior é a distância.
Quando o afastamento é o único jeito,
minha garganta insiste em secar.
Quem pode, se afasta de você.
Menos o mar, que sempre me traz de volta.
A areia do meu corpo se refaz em pedra.
... que chora sem molhar.
Olha! O mundo sorri lá fora.
Só o mundo.
Sou um pequeno fragmento de nada.
Você está sendo a maior decepção da minha vida.
Nada pode decepcionar.
Sou uma represa de expectativas.
Prestes a romper.
Deságuo como nuvem que sou.
Não sou nada que já não tenha sido.
E já fui tantos que hoje nem sei.
Amanhã quem sabe?
Só a chuva fria
e a terra molhada
e minhas raízes cravadas
e meu tronco retorcido.
Fora de mim, nada.
Só o fogo que me corroi a seiva
conhece minhas flores.
Meus espinhos?
Causa de muitas dores.
Das dores que se sente no fundo do peito
a pior é a distância.
Quando o afastamento é o único jeito,
minha garganta insiste em secar.
Quem pode, se afasta de você.
Menos o mar, que sempre me traz de volta.
A areia do meu corpo se refaz em pedra.
... que chora sem molhar.
Olha! O mundo sorri lá fora.
Só o mundo.
Sou um pequeno fragmento de nada.
Você está sendo a maior decepção da minha vida.
Nada pode decepcionar.
Sou uma represa de expectativas.
Prestes a romper.
Deságuo como nuvem que sou.
Não sou nada que já não tenha sido.
E já fui tantos que hoje nem sei.
Amanhã quem sabe?
Só a chuva fria
e a terra molhada
e minhas raízes cravadas
e meu tronco retorcido.
Fora de mim, nada.
Só o fogo que me corroi a seiva
conhece minhas flores.
Meus espinhos?
Causa de muitas dores.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Vivo-Não-Vivo
25/01/2017
Vivo mais de sonhos
que de realidade.
Se me alimentasse só de realidade,
já estaria há muito morto.
Conforto me falta,
mas estou vivo.
Quem me dera sonhar mais...!
Sonhar um sonho real.
Vivo, convivo com minhas mazelas.
Melhor sonâmbulo,
moribundo,
semi-morto.
Semi-vivo,
mas com todo conforto.
Vivo mais de sonhos
que de realidade.
Se me alimentasse só de realidade,
já estaria há muito morto.
Conforto me falta,
mas estou vivo.
Quem me dera sonhar mais...!
Sonhar um sonho real.
Vivo, convivo com minhas mazelas.
Melhor sonâmbulo,
moribundo,
semi-morto.
Semi-vivo,
mas com todo conforto.
Pintura
25/01/2017
Reconhecer é viver.
É pintar as cores da vida
na tela metamórfica
que a natureza nos mostra.
Sabe mesmo quem
sabe sentir.
Sentir profundamente.
Cada corpo é
um macrocosmo
microscópico.
Um microcosmo
terráqueo.
Earthling.
Meus conhecimentos universais
não vêm de meus retiros espirituais.
Tenho gana em reconhecer-me.
Tesão em me sentir lá fora.
Lá fora-dentro.
Sempre.
Tenho ânsia de singular-me
na pluralidade afásica.
Em meus retiros espirituais,
suicídio.
Em meu encontro com a alteridade,
renascimento.
Ao reconhecer-me fora de mim,
reencontro.
Plenitude.
Pichação.
Reconhecer é viver.
É pintar as cores da vida
na tela metamórfica
que a natureza nos mostra.
Sabe mesmo quem
sabe sentir.
Sentir profundamente.
Cada corpo é
um macrocosmo
microscópico.
Um microcosmo
terráqueo.
Earthling.
Meus conhecimentos universais
não vêm de meus retiros espirituais.
Tenho gana em reconhecer-me.
Tesão em me sentir lá fora.
Lá fora-dentro.
Sempre.
Tenho ânsia de singular-me
na pluralidade afásica.
Em meus retiros espirituais,
suicídio.
Em meu encontro com a alteridade,
renascimento.
Ao reconhecer-me fora de mim,
reencontro.
Plenitude.
Pichação.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
Temporal
20/01/2017
Se eu pudesse voltar ao passado,
nada faria diferente.
O que um dia já deu errado,
ou resultou positivamente,
se por acaso fosse alterado,
o que seria do meu futuro?
Longe de querer um lugar seguro,
tampouco quero um lugar caótico.
E, meu amigo, brincar com o tempo
é ficar no sereno ou se expor ao relento:
basta buscar o diagnóstico.
Sai do sereno, menino.
Sabe-se lá o que vai acontecer...
Se ao menos soubesse pintar,
e toda sua criatividade usar,
pintaria um mundo sem anoitecer.
Mas enquanto não tem essa sorte,
o horror dos passados vividos
pintará a tela dos futuros ecolhidos.
Viva o tempo presente e seja forte.
Se eu pudesse voltar ao passado,
nada faria diferente.
O que um dia já deu errado,
ou resultou positivamente,
se por acaso fosse alterado,
o que seria do meu futuro?
Longe de querer um lugar seguro,
tampouco quero um lugar caótico.
E, meu amigo, brincar com o tempo
é ficar no sereno ou se expor ao relento:
basta buscar o diagnóstico.
Sai do sereno, menino.
Sabe-se lá o que vai acontecer...
Se ao menos soubesse pintar,
e toda sua criatividade usar,
pintaria um mundo sem anoitecer.
Mas enquanto não tem essa sorte,
o horror dos passados vividos
pintará a tela dos futuros ecolhidos.
Viva o tempo presente e seja forte.
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