12/06/2016
Deito em sombras de desterro;
Murmuro.
Deixo saltar de meus olhos
As paisagens que não vou visitar.
E o Sol que se esvai
Reluta em se despedir.
Murmuro
Versos de quem não tem o que versar.
Em meus devaneios de homem são,
Morro.
O Sol se vai.
Mas o mar continua a me espreitar.
Minhas roupas poucas demais para o frio
Me deixam com uma mensagem:
Não sou invencível.
Sou uma pedra ou um moinho de vento
Girando ao som das ondas
Ou barrando meu desalento.
E a folha correndo no vento frio
É mais forte que eu.
Contenho meu riso desesperado
E sussurro palavras ao mar.
Palavras perdidas.
Ou talvez jamais faladas.
Volto ao meu escuro eterno
E minha mente reluz de lembranças.
A noite está fria demais para sonhar.
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