17/03/2016
Não há mais estrelas no céu,
mas nada mudou:
pássaros reinam, pastos e balas.
O sino tocou.
Acabou o recreio.
Foice, estribo, martelo, bigorna:
surdos e cegos seguindo o capitão.
Ou panelas, apitos, gritos, rojão.
Cachorro pulguento, fascista, machão.
Enjoo, náusea, vômito, enxofre, vulcão.
Que o fogo venha de quem tem pés no chão!
Que não seja segunda, nem terceira via!
O desespero nos acode,
a esperança nos socorre,
e no fundo uma voz que berra, mas não corre:
Anarquia!
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