A Gabriela de Assis Costa Moreira
Um dia vivi um mundo que já sonhei.
Tudo se repetia:
os olhos,
as falas,
o tempo.
Palavra é existência.
Sonho também.
E entrei naquele mundo que não era meu
(e era meu também)
e fui muito mais do que apenas sou.
Inundado em uma existência revivida,
chorei.
Materializei a palavra não falada.
Sonhei com campos,
irmãos
e histórias.
Conheci quem eu sempre quis ser.
Da Namíbia, o Sol brilhou em mim.
E eu sorri.
Enfim, sorri.
Me senti Zumira.
Aurora é o tempo.
E é minha mãe.
E é o tempo
que chega para todo mundo.
Aquele sonho acabou,
mas vieram outros depois.
Um outro dia,
disse,
serei leoa.
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