quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Metropolitano

18/08/2015

Aqui vai tudo bem;
tudo estranho e solitário.
Sou um estranho no ninho
sem asas para voar.

Sem senha para a festa urbana cotidiana,
me afasto.
Reluto; confuso,
sigo o curso diário de palavras
novas em meu dicionário.
Surdo, escuto o discurso
do ethos metropolitano
e me espanto.
Me dispenso.

Louco que sou,
procuro mais árvores para conversar
e me identifico.
Fico comovido.
Amor, esperança e força:
tudo necessário.
Se o mundo é assim,
vamos andar ao contrário.

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