12/03/2015
Em passos vagos sob a noite fria
Refaço na mente meus esforços diários,
Enquanto a noite berra o berro da orgia
De todos os seres vis imaginários.
Em que esquina vai me cruzar a estranha
Sensação do último dia chegado,
Se o terror desse dia mal acabado
Já me corroi toda e qualquer entranha?
Temo a sombra, que na noite escura vaga
Com passos invisíveis ao meu olho,
E o silêncio, essa chave sem ferrolho
Que a paz do meu caminho apaga.
Quando amanhã outra noite cair,
Verei brotar as redes da ilusão,
Soar meu último suspiro de homem são
E o semblante macabro da Lua a sorrir.
Pois nessa noite quem sairá à rua
Terá terrível garra e presa:
Verei do vampiro sua amarga destreza
E o lobisomem a uivar à Lua.
Que deixem sair esses seres tortos
Que não passaram pelo mundo e seus crivos,
Pois se nas outras noites reinam os vivos,
Na sexta-feira treze dominam os mortos.
Acho que tansportei uma bruxa na quinta...
ResponderExcluirContanto que não tenha sido pra fogueira. =p
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