23/02/2015
Com as areias que contornam os meus pés,
viro meu olhar para o mar,
perguntando ao horizonte
aonde meu barco vai me levar.
As ondas que vêm calmamente
contrastam com as ondas fortes do fundo,
e o vento que forte balança meus cabelos
uiva mensagens misteriosas em meus ouvidos.
"O que tem para me dizer?",
pergunto enquanto a areia sobe em meus pés,
e a resposta não chega ao meu mundo.
"Não se vá. Não se vá.",
cintila o reflexo do Sol na água.
"Venha se banhar."
Que banho bom!
Piso em uma pedra que não me machuca,
e as águas me acariciam.
O vento me força a mergulhar,
mas eu boio mesmo assim,
e sinto os raios solares,
o brilho que me vem iluminar,
me confundindo com o mar.
Ouço vozes, e elas falam tanto...!
Cantos e cantos e cantos.
(e choros)
O coro da praia me contagia
(ondas, ventos, peixes, grauçás),
e eu entro na fantasia.
Trabalho minhas cordas vocais
e brilho na testa e no peito.
Me maravilho, me deleito,
saúdo e me despeço.
Adeus, minha terrinha.
Vou ali e um dia volto.
Não se esqueça de mim!,
é tudo o que peço.
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