19/11/2014
Quando eu olho para o mar,
No fundo, eu vejo meu ser.
Com as graças de Iemanjá,
Meu sol brilha em você.
No meus vai-e-vens microscópicos,
Sou uma onda do mar da vida,
Em suas águas salgadas que são minhas;
No seu cheiro que vem do meu corpo.
As pedras em sua imensidão
Estão presentes em mim.
E eu abraço elas,
Contorno,
Me escondo,
Confronto,
Danço com elas.
Sua rugosidade completa minha suavidade.
Como fluido que sou,
Me adequo às paredes de meu recipiente;
Minha forma é meramente referencial.
O Sol me olha e me aquece.
Seu fervor contempla minha serenidade.
Sou uma onda:
Eterna em sua essência,
Efêmera em sua forma.
Sou parte do mar.
E o mar é amor.
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