29/05/2021
As pernas enrijecidas a cada passo
e os pés esfolados no percalço
das pedras no caminho.
Sigo sozinho, mas temente
ao destino que se descortina
em minha mente.
discretas, se confundem
com sudorese.
Tudo para responder à tese
de que sou aquilo que meus olhos
difundem.
mas amplio meu corpo
num gesto costumaz
que há tanto me aflige.
Todo dia, toda hora,
sob os olhos da esfinge,
em seu olhar torto.
e introspecção,
meus olhos se voltam ao chão
e meus pés se preparam para a
descida.
A boca fechada, contida,
pedindo aos céus
que meus joelhos aguentem.
Pois, apesar de tudo que meus poros sentem,
amanhã começa uma nova subida.