10/09/2016
Eu tive um sonho.
Eu não era nada.
Não me percebia.
Não sentia meu corpo.
Não controlava meu corpo.
Porque aquele corpo não era meu.
Não era eu.
Mas sentia todo o resto.
Aquelas mãos que tocavam a grama
eram a grama.
Se prolongavam até as plantas.
Até o mar.
Até as nuvens.
Até as estrelas.
Eu era tudo.
E nada.
Me senti outros.
Me senti mulher.
Eu era mulher.
Uma mulher.
Um grande amor.
O maior que eu já tinha sentido.
Mas não era sonho.
Era vivência concreta.
Realidade.
Um chá de vida.
Foi tudo real.
E ainda é.
Nada mudou.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Fruto de Chão
10/09/2016
Precisava mesmo de um banho de terra.
De minha terra.
Sol, praia e amor.
Seja onde for,
seja o que for,
sei bem o que quero.
Sinto e não minto.
Mato e morro,
rio e sofro,
e vou até o fim.
Com toda força que restar em mim.
E quando forças não mais tiver,
empresto, reuso,
uso qualquer recurso.
Haja o que houver,
não cruzo meus braços para o que vier.
Não há labirintos pra me perder;
nem barreira pra me barrar.
Resisto.
Vivo.
Persisto.
Decifro-te.
Agora me devore.
Precisava mesmo de um banho de terra.
De minha terra.
Sol, praia e amor.
Seja onde for,
seja o que for,
sei bem o que quero.
Sinto e não minto.
Mato e morro,
rio e sofro,
e vou até o fim.
Com toda força que restar em mim.
E quando forças não mais tiver,
empresto, reuso,
uso qualquer recurso.
Haja o que houver,
não cruzo meus braços para o que vier.
Não há labirintos pra me perder;
nem barreira pra me barrar.
Resisto.
Vivo.
Persisto.
Decifro-te.
Agora me devore.
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